sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

"Destino do Universo: Avatar", de Frederico Duarte | "Tudo no mesmo sítio ao Mesmo Tempo, e ainda com mais um pouco só para que não falte nada, mas, já agora, mais um bocadinho e, porque vejo ali um espacinho, ainda cabe mais este pedacito..."

 *Aviso: O texto que se segue pode conter spoilers e uma considerável quantidade de sarcasmo.**

**Aviso 2.0: Tudo o que se segue provém da minha opinião pessoal. Ou seja, não têm qualquer valor para ninguém que não eu.**
 
Bem, já lá vai mais de um ano. Não parei de ler, apenas tive preguiça de escrever rants. Contudo, vou fazer um esforço para este livro, é português, portanto merece ser destacado. Apesar de não me alongar muito...
 
 


Não me lembro de quando, e como, adquiri estes livros (este e a sequela "Destino do Universo: Necromancia"). Tenho estado no mundo de Discworld de Terry Pratchett, decidi fazer uma pausa, olhei para a estante, vi este livro e pensei algo como : "eh, porque não?".

Em geral, fiquei surpreendido! Quando comecei a ler o enredo pareceu-me cheio de clichês... e estava, mas ao mesmo tempo até estão bem adaptados. Na verdade, talvez o termo clichê nem se aplique totalmente, penso que o autor foi buscar inspiração a muitas fontes e misturou tudo. Só que a cabeça de Frederico Duarte deve ser tipo uma Bimby, metem-se coisas lá para dentro e aquilo faz uma refeição completa (não tenho uma Bimby - sou pobre - portanto não faço ideia como funciona, estou a inventar). Para além das inspirações tradicionais (Tolkien, sempre), a primeira que salta logo à vista é Avatar: The Last Airbender, não só pelo título, mas pelo uso dos elementos/magia elementar. Todavia, o autor consegue sempre arranjar alguma forma de surpreender, fundindo e acrescentando, tirando de uma inspiração para outra e adaptando. De forma a que tanta coisa junta, formou algo novo, uma espécie de quimera que, apesar de ser composta por partes de origens diferentes, acaba por funcionar bem.
Com isto, não quero dizer que é uma obra-prima, claro que não. Mas não precisa de ser, cumpre bem o seu papel e, mais a partir do meio do livro até comecei a ter aquela sensação de querer "ler só mais um capítulo".
Não gostei muito das cenas de combate, não chega ao nível desgastante de Filipe Faria mas, mesmo assim, acho que são demasiado extensas. 
Sinto que precisávamos de mais tempo com algumas personagens. Ao mesmo tempo, a personagem principal, adquiriu controle sobre os seus poderes extremamente depressa... quase que era preciso um livro para cada elemento, em vez de simples "um combate-teste".

No geral, não tenho problemas em dar um 4 de 5, é uma boa história, a escrita é acessível e deixa alguns temas em aberto para o segundo volume. No goodreads vou dar um 5, porque acho que o livro merece mais que o 3.7.
 
Vejo que o livro tem uma nova edição, numa nova editora, espero que o autor tenha sucesso com esta nova publicação.
 
Foi uma rant curtinha, mas não tenho muito tempo, tenho de ir lançar notas no Inovar... :)
 
A ver se ganho coragem para fazer mais uma rant, nem que seja assim, pequenina, para a sequela, já a comecei a ler ontem.